Quando os pais se separam... Como ajudar a criança a passar poreste processo.

Terminar um relacionamento não é um processo fácil, ainda mais quando se tem filhos. Mesmo que a decisão tenha sido tomada em comum acordo, é um marco na vida do casal e na vida dosa filhos. Independente dos motivos que levaram a separação do casal, as crianças geralmente são as que mais sentem e sofrem com essa mudança.
Até mesmo a forma como a criança é abordada pelos pais é importante, porém em alguns casos esses filhos sofrem com a alienação parental por parte de um dos genitores, ou seja, a situação em que a mãe ou o pai de uma determinada criança a influência de forma negativa, visando que ela rompa os laços afetivos com o outro genitor, criando fortes sentimentos de ansiedade e temor em relação ao outro genitor, porém conforme visto na própria lei 12.318/2010, as consequências da prática vão desde uma simples advertência ao genitor até a ampliação do regime de convivência em favor do genitor alienado, estipulação de multa ao alienador, determinação de acompanhamento psicológico, alteração da guarda e suspensão da autoridade parental., justamente para proteger as crianças e adolescentes.
Em casos de conflito familiar, as crianças acabam sendo os mais afetados por não saberem como avaliar o que está acontecendo, perceberem que seu mundo está passando por grande transformação e por nação saber lidar com esses sentimentos.
No momento de anunciar a decisão do divórcio ao seu filho, é importante que o discurso seja adequado à idade do mesmo, assim como a presença de ambos os pais, tendo em mente que nesse momento o mais importante é o bem-estar da criança, pelo que não devem entrar em discórdia. Explique ao seu filho que a rutura dos pais não vai alterar a relação que têm com ele, e que apesar de surgirem mudanças em casa, vão continuar a estar presentes, ainda que as promessas devam ser geridas de acordo com o que cada figura parental se pode responsabilizar.
A criança poderá demorar algum tempo até conseguir perceber esta nova situação e a integrá-la no dia a dia, respeite o seu tempo. Proporcione um ambiente de liberdade no qual o seu filho possa exprimir as emoções e preocupações, incentive a expressão deste, aceitando-o, mantendo a calma e demonstrando compreender o que está a sentir, evite que o seu filho se sinta culpado pela situação de divórcio e ajude-o a desconstruir esta ideia, uma vez que se trata de uma decisão do casal.
Proporcione um ambiente de respeito, evitando que o seu filho crie uma visão negativa sobre a outra figura parental, não peça ao seu filho que tome partido de um dos pais, é crucial que ele sinta que pode contar com ambos, ainda que separados, sempre que possível, demonstre ao seu filho que a separação não vai mudar o amor que sente por ele.
Evite a competição com o outro progenitor, agindo de forma apropriada, sem recurso a presentes, mantenha as rotinas e as regras do seu filho o mais possível e permita que o contato com a figura parental que saiu de casa aconteça sempre que ambos desejarem. O divórcio pode ser um longo e complexo processo, envolvendo múltiplas mudanças, em que é necessário que todos os elementos respeitem o tempo de cada um, até que todos os ajustamentos familiares tenham ocorrido.
A procura de um psicoterapeuta para ajudar o seu filho a lidar com esta situação adversa é uma decisão que o ajudará a lidar com sentimento de insegurança e a aprender a gerir a nova situação familiar.
