Elaine e Pineca

SEM MEDO DE INOVAR

Pela primeira vez nesta Coluna, teremos DUAS Celebridades. É que as histórias desse casal se cruzam, se entrelaçam de uma forma tão linda, que não tem como separar.  São 26 anos juntos e, mesmo com o passar do tempo, eles se mantêm encantados e apaixonados pela vida e um pelo o outro. Durante nossa entrevista, presenciei troca de olhares confidentes, daquele tipo que só quem se conhece muito bem pode dar. Também vi um casal que permaneceu unido, que superou obstáculos, que venceu e está vencendo por méritos próprios. Por isso, é com muita satisfação, que conto a história de Valdemir de Souza Messias (Pineca) e Elaine Regina de Souza Messias.  O casal de empresários que comanda a São Bento Incorporadora.

O COMEÇO DESSA HISTÓRIA

Foi amor à primeira vista, literalmente. Elaine e Pineca (como ele gosta de ser chamado) se conheceram em 1992, em Naviraí. Ela ia para a escola, e ele para o trabalho. Viram-se na rua, trocaram olhares e aí, se fosse filme, teria tocado uma música romântica e a cena ficaria em câmera lenta. “Senti algo inexplicável! Na hora, percebi algo diferente”, lembra Elaine. Com Pineca aconteceu o mesmo. “Nossos caminhos se cruzavam e eu comecei a passar mais vezes na escola dela, comecei a me aproximar, ficamos amigos e depois começou o namoro”, conta ele.

Ela tinha 14 anos; ele estava com 18. Tinham muito em comum; mas o principal é que, desde cedo, conheciam a importância do trabalho. Os dois entraram no primeiro emprego aos onze anos.  

Ele já fez de tudo um pouco, colheu algodão, cana, já foi engraxate, saqueiro, empacotador. Veio de família batalhadora: a mãe, costureira e o pai, barbeiro. “Eu ajudava com os custos de casa e sempre gostei de ter as minhas coisas. Eu sabia que, para isso, tinha que trabalhar”. 

Ela trabalhou como babá dos 11 aos 14 anos. Depois, para conseguir fazer o ensino médio em escola particular, trabalhou como auxiliar de educação infantil no colégio em troca da mensalidade. “Meus pais trabalhavam para sustentar três filhos, mais duas pessoas da família que moravam com a gente. Eu sabia que precisava ter um bom estudo para crescer na vida. A diretora soube que eu tinha boas notas e me ofereceu essa troca”.

O COMEÇO DE UMA FAMÍLIA

Dois anos depois, Elaine descobriu que estava grávida. “A gente andava de bicicleta; eu pedalando e a Elaine na garupa, com barrigão”, relembra Pineca. Nasceu Victor, o primeiro filho do casal.

Em 1996, os dois pensaram que precisavam voltar a estudar. Em Naviraí, abriu o curso de Matemática pela UEMS. Como eles não poderiam pagar o ensino particular, resolveram prestar vestibular e fazer a faculdade. Lá iam os dois, muitas vezes com o filho pequeno junto, enrolado no cobertor, para não perder aula. 

Nessa época, Pineca trabalhava numa concessionária de carros. O chefe foi vendo que era um profissional diferenciado e ganhou várias promoções, até chegar ao cargo de gerente. Em 1998, Elaine passou num concurso para trabalhar como analista na Justiça Estadual.  Até que, no último ano de faculdade, uma nova surpresa: teriam uma menina, a Beatriz. “Também levava Beatriz para a faculdade; lá amamentava. De dia, continuava trabalhando”.  

Elaine acreditava que não podia parar de estudar, sempre teve sede de conhecimento. Quando a filha estava com um ano, entrou para o curso de Direito; mas, um detalhe: a faculdade era em Dourados. Ou seja, tudo era corrido. “Trabalhava, cuidava das crianças, às 17h pegava ônibus para Dourados. Enquanto isso, Pineca cuidava da casa e dos filhos. Sempre trabalhamos em equipe”, relata a empresária.

Em 2003, o então chefe do Pineca fez uma proposta. Queria que ele se tornasse sócio da concessionária. Mais uma vez, o casal decidiu ousar. Venderam tudo que tinham para comprar a parte na sociedade. Tempo depois, o sócio mudou de Estado e venderam a loja. Parte do pagamento foi em terras. Foi aí que uma nova fase começou. 

O COMEÇO DA SÃO BENTO

Em 2005, Pineca começou a fazer loteamentos. Abriu o que eles chamam de “empresa de um homem só”. Era ele que fazia tudo. A escolha do nome da empresa retrata a fé do casal. “O lema de São Bento é ‘ora e labora’, tem tudo a ver com a gente. Nós focamos no nosso trabalho, não nos importamos com circunstâncias, sabemos que tudo acontece para o melhor”, afirma Elaine. 

Conforme Pineca vendia os loteamentos, não gastavam o dinheiro à toa; quase tudo era reinvestido. “Comprei chácara, loteamentos urbanos, e foi crescendo. A gente nunca teve aquela vida de jovens de sair para balada, gastar... A gente trabalhava desde cedo. Tudo era investimento”, declara o empresário. 

A empresa foi crescendo e a vida financeira da família, melhorando. “Mas nós nunca quisemos ter consumismo exagerado, mantivemos nosso estilo de vida sem ostentação, sempre investindo para melhorar a empresa”. Em 2007, Elaine se formou em Direito e já tinha sido promovida no trabalho na Justiça.

O COMEÇO DA FAMÍLIA NA EMPRESA

A expansão da incorporadora estava em ritmo acelerado. Além de Caarapó, já tinha negócios em Ivinhema e Naviraí. Em 2013, Pineca percebeu que precisava dividir o comando da São Bento; não precisou pensar muito para saber quem seria a melhor parceira. Propôs que a esposa largasse o concurso para trabalharem juntos. Ela topou. “Minhas opções de crescimento profissional eram poucas na Justiça; o melhor seria cuidar do nosso negócio”, diz Elaine.

O filho Victor fazia Direito e também começou a trabalhar na empresa. Nessa época, a família já tinha negócios em Dourados. Em 2014, Beatriz foi estudar na cidade. “Até que um dia caiu a ficha! Nossos negócios em Dourados estavam crescendo, Beatriz já estava aqui, Pineca e Victor estavam pegando muita estrada. Pensamos: ‘Temos que mudar para Dourados’. Em 2016, mudamos!”. Atualmente Beatriz faz Administração e também trabalha nos negócios da família. 

O COMEÇO DA REALIZAÇÃO DE UM NOVO SONHO

Hoje, os números da São Bento Incorporadora impressionam! Tem cerca de 200 funcionários diretos, já fez 32 loteamentos e tem 16.214 lotes urbanizados, em quase 900 mil hectares. Além das cidades citadas acima, tem negócios em Itaquiraí, Guarantã do Norte (MT), São Gabriel do Oeste e Maracaju. São 13 anos de constante crescimento. 

Pensa que o casal conquistou tudo que queria? Que nada! Eles são cheios de ideias, energia e disposição para trabalhar. 

Neste ano, inauguraram o loteamento mais inovador de Mato Grosso do Sul, o Hectares, em Dourados.  “A gente viaja muito e observa arquitetura, estruturas diferentes e algumas vezes fizemos o que a maioria faz. Pensamos que teríamos que mudar de país para viver tudo aquilo. Aí percebemos que estávamos pensando errado. Por que não levar tudo aquilo pro lugar onde a gente vive e ama? - conta Elaine.

Foi assim que surgiu o projeto Hectares Park & Resort, um loteamento fechado onde tudo é expoente. Desde a dimensão do loteamento, com terrenos amplos, até a qualidade e a sofisticação do projeto. Os moradores terão um parque linear privativo, com 7,5 km de pista de caminhada e um resort com atrações para toda a família. A rede elétrica é subterrânea, a primeira do Estado em área privada. 

“Fizemos pesquisas sobre o que as pessoas queriam, com que elas sonhavam, como seria o lugar perfeito para morar... O Hectares é a resposta de todos esses sonhos, inclusive o nosso, pois vamos morar aqui”, enfatiza Elaine. 

Em 2021, esse sonho se torna realidade. E, pelo visto, essa história cheia de começos, não acaba aqui. Esse casal jovem e cheio de ousadia ainda promete muitas conquistas pela frente.

PINGUE- PONGUE

ELAINE

Uma festa inesquecível: “Nossas formaturas.”

Uma viagem marcante: “Todas!!! Kkkk! Mas um momento ímpar foi visitar a igreja em quem meus tataravós se casaram, em Travagliato, na Itália.”

Sucesso é: “Ver projetos realizados. Não importa o tamanho, não importa se é um momento em família, se é uma receita nova, se é um sorriso causado por uma frase nossa. Ver acontecer é o ápice do sucesso.”

Eu trabalho para: “Ter momentos de sucesso. E para tornar pedacinhos do Mundo melhores para se viver.”

Dou risada quando: “O tempo todo, tenho o riso muito fácil.”

Um sonho que ainda não realizei: “Tirar do papel o Espaço Contando Minha História, no Lar Santa Rita.”

Três objetos sem os quais não vivo: “Livros, livros e livros.”

Família é: “TUDO!”

Saudade: “Das pessoas que já partiram, meus avós, meu sogro, amigos...”

Não vivo sem: “Minha família.”

Tenho medo de: “Baratas e aranhas.”

Qualidades: “Eu sou muito extrovertida e resiliente, me adapto com facilidade às mudanças.”

Nas horas de folga: “Eu leio.”

Uma frase: “Tudo acontece para o melhor!”

Celebrar é: “Externar e compartilhar gratidão pelos momentos vividos.”

PINECA

Uma festa inesquecível: “Nossa formatura e o casamento de Victor e Gabi.”

Uma viagem marcante: “Todas. Santorini / Grécia.” 

Sucesso é: “Ser reconhecido pelo resultado dos projetos que você realizou.”

Eu trabalho para: “Realizar o sonho das pessoas e o meu também.”

Dou risada quando: “Estou feliz/ quase sempre.”

Um sonho que ainda não realizei: “Conhecer mais o mundo.”

Três objetos sem os quais não vivo: “Celular, carro e broche de Nossa Senhora.”

Família é: “O meu porto seguro.” 

Saudade: “De meu pai e da família quando estou longe.”

Não vivo sem: “Família.” 

Tenho medo de: “Morrer e não ter realizado o sonho das pessoas próximas e o meu.”

Qualidades: “Dedicação ao que faço.” 

Nas horas de folga eu: “Viajo, cozinho, curto a família.” 

Uma frase: “Vai dar certo! Tudo acontece para o melhor!”

Celebrar é: “Curtir o bons momentos.”

Revista Celebrar

Revista Celebrar oferece um outro olhar sobre as transformações do mundo. Histórias inspiradoras, matérias sobre comportamento, moda, beleza, família e muito mais.

Anterior
Anterior

Renato Teixeira

Próximo
Próximo

Jandira Gorete