Daniel Freitas
O cantor douradense que não para de se transformar!
O talento e a voz dele são reconhecidos em todo o Mato Grosso do Sul. E a Revista Celebrar vai contar um pouco da história do douradense apaixonado por música, que já fez turnês pelo Brasil.
Daniel Rodrigues de Freitas nasceu em Dourados, no dia 10 de outubro de 1975. A família cresceu na cidade por causa do avô, Pastor Jeová, que veio da Bahia para Dourados em 1965. Os pais de Daniel se conheceram quando a mãe dele tinha 17 anos. Quando ele tinha 5 anos, o casal se separou e o menino foi criado pelo avô.
Com avós evangélicos, Daniel passou a infância na igreja, onde aprendeu a tocar diversos instrumentos. A mãe tinha talento musical e cantava nos cultos. Por um tempo, ela também cantou em bares. No futuro, Daniel seguiu os passos da mãe.
Com 17 anos, ele passou a tocar profissionalmente em bares e restaurantes. Seus instrumentos principais são a voz e o violão. Por um período, também fez parte de bandas que tocam em bailes de formatura. Depois montou uma banda chamada Olho de Gato, que fez sucesso em Mato Grosso do Sul e shows pelo Brasil.
Em 2000, a Olho de Gato gravou um CD com composições autorais. “Eu era muito influenciado pelo pop/rock, que era o estilo que fazia sucesso na época. Então, esse sempre foi meu estilo. Algum tempo depois, o sertanejo passou a dominar as rádios e eu era bem resistente a mudar de estilo”, conta Daniel.
Nesse ponto da história, vou fazer uma pausa para falar da vida pessoal. Em 2008, Daniel casou-se com Vanessa, a quem namorava desde 1997; com ela teve dois filhos, Julia e Enrico. Daniel também tem o Matheus, filho mais velho de um relacionamento anterior.
Voltando à vida profissional, em 2009 surge um novo projeto, uma dupla com o cantor Léo Verão, na qual eles misturaram sertanejo com músicas internacionais. A ideia deu certo e passaram a viajar pelo Brasil fazendo shows. “Foi uma época muito boa, de muito trabalho e também conheci muita gente. Conheci escritórios e estúdios de música. Fui entendendo como a indústria funcionava. Criei rede de relacionamentos boa”, lembra.
E foi em 2010 que surgiu mais um novo projeto. Daniel Freitas se tornou também produtor cultural. Montou uma produtora e passou a organizar shows que fizeram muito sucesso. Trouxe grandes nomes da música para se apresentar em Dourados.
Conciliar o trabalho como cantor e produtor virou parte da rotina. Tudo estava indo muito bem até que veio a pandemia.
“Foi um baque. Parar tudo, não ter como trabalhar. Não ter de onde tirar o sustento. Mas a gente sempre dá um jeito, né?”
Daniel se juntou com músicos de Campo Grande e começaram a tocar em restaurantes. “A ideia era a gente não enferrujar, já estávamos parados, por que não fazer um som em casas menores, com protocolos de segurança?” O projeto despretensioso deu certo. Tem semanas que Daniel toca de terça a domingo.
Daniel é um exemplo de que a vida de quem escolhe ser artista não é fácil, mas ele sabe transformar um limão em uma boa limonada. Está sempre se reinventando e buscando novos projetos que o realizem. “Agora tudo que eu quero é que esse período que estamos vivendo acabe e voltemos a fazer eventos com toda segurança, para trazer diversão e entretenimento para nossa região”, conclui com esperança no futuro.
PINGUE- PONGUE
Música para amar: “N (Nando Reis)”.
Música para diversão: “Várias Queixas (Gil Sons)”.
Música que lembra família: “Era uma vez (Kell Smith)”.
Música que lembra Dourados: “Romaria (Renato Teixeira)”.
Um sonho não realizado: “Ainda dá tempo de realizar”.
O que te deixa triste: “Não poder trabalhar como eu gostaria”.
Uma saudade: “Minha mãe e meu vô”.
Nas horas de folga eu: “Faço churrasco”.
Uma viagem marcante: “Fernando de Noronha”.
Uma festa inesquecível: “Show do Cabaré, que organizei”.
Uma grande conquista: “Meus filhos”.
Fé: “No Deus vivo”.
Frase: “Tudo posso naquele que me fortalece”.
Celebrar é: “Viver a vida”.