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ESTOU COM DOR TORÁCICA - DEVO IR AO PRONTO-SOCORRO?

A dor torácica sempre é um alerta para todos os pacientes, independentemente da idade. A Síndrome Coronariana Aguda (SCA) representa aproximadamente 1/5 das dores que levam o paciente ao Pronto-Socorro.

Importante sempre saber caracterizar a dor que está sentindo, deixando claro ao médico se possui os fatores de risco para doenças cardiológicas: hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus, alterações no colesterol e triglicerídeos, tabagismo, obesidade, história familiar precoce para doença arterial coronariana, antecedentes de procedimento de revascularização miocárdica [angioplastia e / ou cirurgia cardíaca]).

A dor típica de infarto, chamada também de dor tipo A, definitivamente anginosa, caracterizada por “dor em aperto ou queimação, em repouso, ou desencadeada pelo esforço ou estresse, com irradiação para o ombro, mandíbula ou face interna do braço, geralmente, aliviada pelo repouso ou nitrato”. Sintomas associados que devem ser levados em consideração são as náuseas, vômitos, suor excessivo, tonturas, também conhecidos como equivalentes anginosos.

Os médicos na sala de emergência coletam a história de cada paciente e realizam exame físico direcionado para a queixa. Na sala de emergência, no caso de suspeita de infartos ou doenças coronarianas, o Eletrocardiograma (ECG) é realizado. E a partir da interpretação deste exame, o médico toma as condutas necessárias. Lembrando que nem sempre um ECG normal descarta SCA.

A morte do músculo cardíaco libera algumas proteínas estruturais que podem ser detectados na corrente sanguínea, caracterizando o infarto agudo miocárdio (IAM), algumas vezes até com ECG normal. Estes marcadores são coletados novamente entre 6 a 12 horas, motivo pelo qual alguns pacientes precisam ficar internados em observação.

Outros exames podem ser necessários, como radiografia de tórax. Dessa forma, sabemos que dor torácica é uma queixa muito comum e não deve ser negligenciada.

Referência: Santos ESS; Timerman A. Dor torácica na sala de emergência: Quem fica e quem pode ser liberado? Emergências Cardiovasculares Parte II. Revista da Sociedade Brasileira de Cardiologia do Estado de São Paulo. 2018; (28): 394-402.