Revista Celebrar - Notícias e entretenimento de Dourados-MS

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Não julgue outra mãe!

Outro dia minha vó disse disse pra mim; ” eu gosto de ler o que você escreve. Quando eu tive meus filhos me sentia exatamente assim. Mas naquela época a gente não podia falar nada, se não, a gente era reclamona, a gente não era boa mãe. A gente tinha que sofrer calada e fazer de conta que estava tudo bem. Mas muitas vezes eu não fazia ideia

do que estava fazendo e queria pedir ajuda. Mas não podia”.

Depois desse papo fiquei pensando:

O tempo passou, muita coisa mudou, muita coisa melhorou. Mas sabia que AINDA HOJE muitas mulheres sentem igual a minha vó se sentiu?

Muitas mulheres sofrem caladas, sem pedir ajuda porque acham que não tem esse direito. Ou com medo de serem condenadas pelo tribunal da vida cotidiana.

Pois é. Muita gente, talvez até você, julga as mães. Provavelmente vc e eu já apontamos o dedo para falar de uma mãe.

As pessoas gostam de julgar e condenar mulheres. Talvez nem percebam. É como se fosse natural. É como se fizesse parte da vida. “Lidem com isso” , “você não quis ser mãe?”, “quem pariu Matheus que o embale”.

Eu não aceito isso. Já passou da hora de mudar. De evoluir. Evoluir a mente, o comportamento. Não aceito isso por parte dos homens, dos parentes, dos amigos e MUITO MENOS por parte de outras mães.

Sabe aquela “competição” insana que existe entre mães de quem é a melhor, ou de quem tem o melhor filho? Isso tem que acabar. Temos que nos unir. Temos que ter empatia.

Você pode começar isso hoje.

Não fale mal de uma mãe. Não a julgue. Não aponte o dedo. Se começar a conversa na rodinha, corte. Defenda a mãe. Se ofereça para ajudar.

Se você é mãe, fale, desabafe, peça ajuda. Eu torço para que do outro lado você encontre carinho, afago, ternura, olhar compreensivo e um braço para dividir o peso do seu filho(a).

Já passou da hora. Não vivemos no tempo da vó. O calendário andou. Espero que nosso comportamento também.

Quebre o ciclo vicioso.