Um dia olhei pro espelho e pensei: recuperei minha autoconfiança!
Ser mãe é um dos papéis mais desafiadores e recompensadores que podemos assumir na vida. Quando me tornei mãe, fui inundada por uma avalanche de emoções, expectativas e responsabilidades que me fizeram questionar minha própria identidade. Por anos, minha vida girava em torno dos meus filhos, tentando ser a melhor mãe possível, mas, em algum lugar desse processo, comecei a me perder. Foi então que iniciei uma jornada de autoconhecimento que me levou a descobrir a mulher que sou hoje.
Lembro-me claramente do dia em que percebi que havia perdido a conexão comigo mesma. Estava exausta, sobrecarregada e sentindo que estava falhando em todos os aspectos da minha vida. Meus dias eram preenchidos com tarefas intermináveis e demandas constantes, e minhas noites eram consumidas por preocupações e inseguranças. Sentia que minha identidade se resumia a ser mãe e esposa, e a mulher que existia antes da maternidade havia desaparecido.
Aos poucos, percebi que precisava me reencontrar. Precisava voltar a cuidar de mim, a olhar para mim.
Iniciei pequenas mudanças, como reservar um tempo diário para fazer devocional. Também comecei a fazer “encontros comigo mesma”, onde fico sozinha por um tempo, escrevendo pensamentos, lendo, traçando objetivos. Aos poucos, comecei a identificar as áreas da minha vida que precisavam de mais atenção. Percebi que precisava cuidar melhor da minha saúde física e mental.
Comecei a treinar musculação com personal trainer. Exercício físico se tornou uma prioridade, apesar de até hoje ir até a academia com maior preguiça.
Com o tempo, comecei a explorar outras atividades que sempre me interessaram. Voltei a ler livros que não fossem apenas sobre maternidade e educação infantil.
Aos poucos, comecei a ganhar confiança em mim mesma. Percebi que podia ser uma boa mãe sem abrir mão de ser uma mulher com sonhos e aspirações próprias. Aprendi que, ao cuidar de mim mesma, estava também cuidando melhor dos meus filhos. Eles perceberam a mudança em mim, e isso trouxe um impacto positivo em nossa dinâmica familiar.
Claro que essa jornada não foi isenta de desafios. Houve momentos de culpa, em me questionava se estava sendo egoísta ao dedicar tempo para mim mesma. Mas, com o apoio do meu marido e amigos, aprendi que a autocompaixão é essencial. Percebi que, ao me permitir crescer e evoluir, estava também dando um exemplo importante para meus filhos.
Enfrentei também a necessidade de estabelecer limites. Aprendi a dizer “não” quando necessário, e a pedir ajuda sem me sentir menos capaz. Esses foram passos cruciais para preservar minha saúde mental e emocional. Ao longo do tempo, esses pequenos atos de autocuidado acumularam-se em uma transformação significativa.
Consegui olhar para mim e encontrar novos caminhos profissionais. Me tornei empresária, dona de duas empresas. Me sinto realizada como mãe, esposa, amiga que trabalha dentro e fora de casa.
Minha jornada de autoconhecimento foi uma transformação profunda que me trouxe uma nova perspectiva sobre quem sou e o que quero para minha vida. Hoje, sinto-me mais completa e em paz comigo mesma. Sei que ainda há muito a aprender e a descobrir, mas estou confiante de que estou no caminho certo. A cada dia, continuo a explorar, crescer e me redescobrir, sempre lembrando que, antes de ser mãe, sou uma mulher com sonhos, paixões e uma vida plena para viver.
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