QUAIS SÃO OS PRINCIPAISTIPOS DE CÂNCER DE PELE E SUAS PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS?

Podemos destacar os três tipos mais comuns de câncer de pele. O primeiro é o carcinoma basocelular – é o mais incidente e normalmente se apresenta como nódulos rugosos na pele e ocorre normalmente em áreas expostas ao sol.

Existe, também, o carcinoma espinocelular, que se apresenta em forma de feridas que não cicatrizam (toda ferida que tem seis semanas ou mais e não se resolve merece uma atenção especial). Também acomete áreas expostas ao sol, predominantemente. Pode causar dor e sangramentos.

O terceiro grupo é o melanoma, que, na grande maioria das vezes, apresenta-se como uma pinta diferente das demais, com múltiplas cores, bordas irregulares, que muda de tamanho, e merece uma atenção específica, porque pode provocar metástase com maior frequência.

Então todo tipo de câncer de pele pode gerar metástase?

O câncer de pele pode causar metástases, entendendo que o carcinoma basocelular – que é o mais comum – tem a menor chance de causar metástases, provavelmente menos de 1% dos pacientes tenham este risco. No carcinoma espinocelular, existe um risco um pouco maior, mas ainda pequeno, de causar metástase, especialmente para gânglios, e eventualmente pulmão.

O melanoma, a depender do momento em que ele é diagnosticado, tem um risco significativamente maior de se espalhar para outros órgãos, com a possibilidade de comprometimento de gânglios, pulmão e até o cérebro. Entretanto, isso é muito menos frequente com a doença removida na sua fase mais precoce.

O paciente com câncer de pele sempre terá que fazer cirurgia?

O ideal é que todos os pacientes sejam operados no tratamento mais precoce e atendidos por um médico dermatologista com experiência na área. É importante que os pacientes tenham uma cirurgia que compreenda todo o tumor, toda a lesão precisa ser adequadamente removida.

No caso especial do melanoma, é feita uma biopsia e isso é necessariamente complementado com o que a gente chama de “ampliação de margem”, que é basicamente uma nova cirurgia, que vai remover a cicatriz e vai dar mais um espaço para garantir que não tenha nenhum escape de célula.

Para os carcinomas, também pode ser importante que faça essa ampliação de margem, mas a lesão tende a ser totalmente removida na primeira cirurgia.

Para este tipo de câncer, principalmente para o tumor de pele melanoma, qual a relevância dos fatores hereditários?

Quanto a questões genéticas, existem pacientes que têm um risco familiar mais importante. Isso significa que famílias que têm genes alterados transmitem essas alterações pelas gerações. Isso ocorre em vários tipos de tumores, e os de pele não são diferentes. Famílias que têm diversos indivíduos com um mesmo tipo de câncer precisam de uma avaliação específica.

Em especial para o melanoma, mesmo que não exista um gene específico alterado, sabemos que descendentes de pacientes com melanoma têm um risco um pouco maior; isso é diferente daquelas famílias que têm os genes alterados.

Temos falado bastante de proteção e prevenção do câncer de pele, principalmente durante o verão, com os altos índices de radiação solar no Brasil.

Quais pessoas têm o maior risco para cada tipo da doença?

Independente da história familiar, os pacientes com maior risco para câncer de pele são aqueles com pele clara, olhos claros, especialmente os ruivos, que têm uma história de exposição solar importante.

O que é diferente é que os carcinomas estão muito mais relacionados a uma exposição crônica ao sol – aquele sol do dia a dia, para a pessoa que trabalha exposta ao sol. Assim, acomete pessoas de idade mais avançada. Ao passo que o melanoma tem um risco mais relacionado a queimaduras solares, aquelas em que a pele fica bem vermelha, especialmente as que acontecem na infância e na adolescência. Então, essas queimaduras colocam em risco, lá na frente, o desenvolvimento de casos potencialmente mais graves.

Existem algumas situações peculiares, especialmente para o carcinoma espinocelular, em que feridas crônicas podem desenvolver esse tumor. Pacientes que têm varizes e acabam evoluindo para úlceras têm risco maior. Outra questão são pacientes que têm uma baixa da imunidade, especialmente pacientes em tratamento para transplante. Estes possuem um risco aumentado para desenvolver especialmente o carcinoma espinocelular.

Instituto Idepe

Dr Cristiane F. D. M. Caetano

Médica - CRM - MS 6019

Diretora Técnica - RQE 4514

Rua Hilda Bergo Duarte, 1226, Vila Planalto - Dourados/MS

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