NÃO VIVA NO PILOTO AUTOMÁTICO

Faz tempo que você não tira um tempo para você? Se preocupa mais com seu desempenho no trabalho do que com a harmonia em casa? Ligou o piloto automático e nem sabe mais a quantas anda a vida afetiva e, pior, a saúde? Se respondeu sim à maioria das perguntas, atenção: você faz parte de um grupo enorme de pessoas que esqueceu como se puxa o freio de mão da vida e tem vivido sempre com o coração perto da boca. Respira, mas quase perde o fôlego. Não caminha, corre. Só pensa em produtividade e esquece todos os outros lados da vida. Dar atenção a apenas um setor da vida pode prejudicar todos os outros. Em nome da excelência profissional, muitos abrem mão de bons relacionamentos na vida pessoal. Por algum motivo, separamos nossas vidas em âmbitos, setores independentes entre si, e não percebemos que o que afeta uma das partes, acaba por influenciar as outras também. Ao sacrificar uma ou várias delas, prejudicamos o todo.

A vida é como uma grande balança, na qual os pesos e medidas devem se equilibrar. Mas apenas cada um pode saber quais as medidas certas para que o equilíbrio predomine. A dica é não encarar momentos de meditação e ponderação como perda de tempo. Refletir é um investimento em sua saúde, sua vida afetiva, profissional, e em você mesmo. Os sinais mais comuns são cansaço e o desânimo. O cansaço porque a pessoa tem feito um esforço enorme para caminhar pela vida, sempre sobrecarregada de crenças, limitações, justificativas, hábitos, comportamentos repetitivos etc., que dificultam tomadas de decisões e atitudes criativas. Impedem que ela seja livre. O desânimo porque assim a pessoa não consegue os resultados desejados, mesmo gastando muita energia, e aparece, então, a frustração.

O problema em agir dessa maneira é que nos distanciamos de nós mesmos, da alegria de viver, dos nossos sonhos e metas, e de viver a realização. As consequências podem ser um sentimento de confusão, não se sentir capaz o suficiente, vontade de desistir, se sentir perdido ou de estar vivendo em uma prisão. A mudança requer um esforço consciente, é preciso primeiro percebê-la como realmente necessária. É importante reconhecer que se está vivendo no piloto automático, e que isso não está sendo satisfatório, ou pior ainda, está criando situações de sofrimento. Isso pode permitir que criemos em nós um forte desejo de fazer diferente, para mudar algo profundamente dentro de nós, e ter ações voluntárias conscientes para superar aquela condição e promover mudanças, permitindo que nos tornemos mais fortes, centrados e coerentes.

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