Setor de eventos organiza Movimento para pedir atenção e ajuda ao poder público
Segmento gera mais de 5 mil empregos em Mato Grosso do Sul
Profissionais do setor de eventos em Mato Grosso do Sul se uniram para enfrentar a crise financeira causada pela pandemia do novo coronavírus. Muitas empresas desse ramo podem não continuar abertas após a pandemia. Empresários de Dourados já tomam medidas de contenção de gastos, tendo em vista as perdas de caixa que já são acentuadas.
A DZM, por exemplo, que é uma das maiores empresas de organização de eventos de MS, teve 37 eventos adiados e 4 cancelados. Estavam marcados para acontecer entre março e maio. E a situação deve piorar, já que já estão tendo que remarcar as programações de junho.
“Nós fomos os primeiros a parar e provavelmente seremos os últimos a voltar. De forma alguma queremos que os eventos sejam liberados. Entendemos a importância de evitar aglomerações. O que queremos é que o poder público nos dê alternativas, precisamos que os contratos de cancelamento sejam revistos, precisamos de empréstimos, precisamos de medidas urgentes”, explicou José Roberto Fontes, proprietário da DZM e Conselheiro doMOPE-MS.
Foi por esses motivos que 260 empresários de Mato Grosso do Sul se uniram e participam do MOPE, Movimento Organizado dos Profissionais de Eventos de Mato Grosso do Sul. Entre as diversas ações previstas, uma carta foi enviada para a Assembleia Legislativa, Câmara Municipal de Campo Grande e de Dourados com sugestões sobre a criação de uma legislação que os ampare e criação de linhas de créditos para reduzir os impactos financeiros resultantes do vírus.
Na carta, o recém criado Movimento Organizado dos Profissionais de Eventos de Mato Grosso do Sul informa, com base em dados da Abrafesta (Associação Brasileira de Eventos Sociais), que o segmento movimenta R$ 1,3 bilhão por ano no Estado gerando cerca de 5 mil empregos diretos e indiretos.
O Movimento ressalta ainda que são responsáveis por 4,3% do PIB nacional. No Brasil a cadeia produtiva reuni milhares de trabalhadores e movimenta mais de 17 bilhões por ano. Em MS esse montante chega a 13,3 bilhão, segundo a ABRAFESTA (Associação Brasileira de Festas e Eventos).